Depois de anunciar o regresso ao seu abortado projecto da co-incineração, contra a posição de várias associações ambientalistas (que se colocam ao lado do actual Ministro do Ambiente), o secretário-geral do PS garante agora que «Já é altura de acabarmos com este mau hábito de um Governo que chega e quer começar sempre do princípio» (linque), prometendo não criticar os Governos anteriores, incluindo o ainda em funções.
Mas é uma promessa difícil de cumprir.
Logo em seguida, «José Sócrates não deixa, no entanto, de considerar "um fracasso total" a política económica seguida pelos Executivos de Durão Barroso e Pedro Santana Lopes e de os acusar de terem decidido, genericamente, de forma "profundamente errada" e de terem feito "tudo ao contrário do que foi prometido"» (linque).
«O secretário-geral do PS reitera, no entanto, que não irá [...] "fazer promessas impossíveis"».
Assim, não se arrisca a «fazer tudo ao contrário do que foi prometido». Mas prometer que não vai fazer promessas impossíveis, não será, ela própria, uma promessa impossível?