Quem pratica verdadeiramente a Solidariedade tem espírito de sacrifício e está disposto a assumir custos. Se me disponho a ajudar alguém, terei forçosamente de abdicar de algo - seja tempo, recursos financeiros, mesmo qualidade do vida - em prol do beneficiário. Só assim existe ajuda efectiva.
Fazer minutos de silêncio, manifestações silenciosas ou ruidosas, acender velinhas e outras bacoquices do género, são actos que custam zero a quem os pratica, permitem aparecer na fotografia ou na televisão, mas não beneficiam em nada os destinatários de tais actividades.
Há cerca de 30 anos, o "companheiro" Vasco apelou a um Domingo de trabalho para a Nação. Muitos vieram trabalhar, embora o benefício, veio a saber-se posteriormente, tenha sido em prol de alguns "sacos azuis" e não da Nação. Mas a ideia em si é boa, se implementada como acto de verdadeira solidariedade.
Quantos de nós estariam dispostos a vir trabalhar a um Sábado ou a um Domingo e a fazer reverter o salário desse dia a favor das vítimas do maremoto?
