Li há dias que o homem que ordenou a edificação da quase infinita Muralha da China foi aquele primeiro imperador, Shih Huang Ti, que igualmente mandou queimar todos os livros anteriores a ele.
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Erigiu as muralhas porque as muralhas eram defesas; queimou os livros, porque a oposição os invocava para gabar os antigos imperadores.
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Três mil anos de cronologia tinham os chineses (e, nesses anos, o Imperador Amarelo, e Chuang-Tsé e Confucio e Lao-Tsé), quando Shih Huang Ti ordenou que a história começasse com ele.
Jorge Luís Borges, A muralha e os livros
24.7.05
Novos começos, nova sociedade
Ministério da Educação mandou destruir livros de "índole fascista" em 1974