6.3.06

regresso ao «colectivo»

Regresso hoje ao Blasfémias, um blog que ajudei a fundar já lá vão mais de dois anos e que se encontra actualmente numa inteligente fase de restruturação.
O Blasfémias é um caso raro de sucesso, de inteligência e de talento na blogosfera política portuguesa. Esse mérito é reforçado se tivermos em conta que nem o blogue, nem nenhum dos seus co-autores tiveram, durante muito tempo, qualquer visibilidade nos media tradicionais. O seu sucesso, bem expresso no público reconhecimento dos muitos milhares de leitores diários, é, assim, consequência absoluta do excelente trabalho realizado, do nível geral do blogue e da elevada qualidade individual de cada um dos seus membros.
Quanto ao Portugal Contemporâneo, blog que tenho vindo a manter desde finais de Novembro do ano passado, continuará em actividade, já que se trata de um projecto completamente pessoal, com marca própria e exclusiva, que nem se sobreporá ao que farei no Blasfémias, menos ainda lhe retirará espaço. O PC servirá, em primeira instância, de arquivo dos textos que venha a publicar no Blasfémias, mas também para editar algumas coisas que, por uma razão ou por outra, não me pareçam oportunas neste blogue. Com o tempo as coisas acabarão por se equilibrar com naturalidade, sem prejuízo de ninguém e, espero, com vantagem para todos.
Uma última palavra para os meus camaradas blasfemos, a todos os que já cá estavam e à recém chegada, e muito bem vinda, Helena Matos: não há dúvida que o regresso a casa é sempre agradável.
Fica, assim, demonstrado que um liberal, por mais que pregue as virtudes do individualismo, acaba também por sentir a falta do «colectivo»...