O Doutor António Costa Pinto, no seu habitual tom de quem prega verdades eternas aos néscios, teve um momento de especial felicidade no «Choque Ideológico» desta noite, ao revelar-nos que na nossa democracia um partido que queira ganhar eleições não pode anunciar as suas verdadeiras intenções aos eleitores. E exemplificou: não poderá dizer que quer «menos Estado», que vai reduzir as «políticas sociais» ou que vai retirar privilégios às corporações. Trocando por miúdos, o que o ilustre comentador político estava a sugerir é que os partidos e os seus dirigentes mintam desalmadamente aos eleitores e os enganem quanto ao destino que verdadeiramente lhes reservam.
Obviamente que, como historiador contemporâneo que também é, o Doutor Costa Pinto mais não fez do que relatar o que tem vindo a observar nos últimos anos da democracia portuguesa. Mas, o facto da realidade ser o que é, não basta para a legitimar ou defender como paradigma para o futuro. Há alguns anos atrás, dizia-se que a democracia seria inviável em Portugal, porque o povo era inculto, incivilizado, imaturo e, por conseguinte, não estava preparado para ela. O povo português, o bom povo português, gostava era que mandassem nele e, de preferência, com mão de ferro. Hoje, segundo nos dá conta o Doutor Costa Pinto, continua a preferir que o governem a que o deixem governar-se.
É, em boa medida, graças a esta audaciosa mentalidade das nossas «elites» que Portugal foi, é e será uma grande e próspera nação.
Obviamente que, como historiador contemporâneo que também é, o Doutor Costa Pinto mais não fez do que relatar o que tem vindo a observar nos últimos anos da democracia portuguesa. Mas, o facto da realidade ser o que é, não basta para a legitimar ou defender como paradigma para o futuro. Há alguns anos atrás, dizia-se que a democracia seria inviável em Portugal, porque o povo era inculto, incivilizado, imaturo e, por conseguinte, não estava preparado para ela. O povo português, o bom povo português, gostava era que mandassem nele e, de preferência, com mão de ferro. Hoje, segundo nos dá conta o Doutor Costa Pinto, continua a preferir que o governem a que o deixem governar-se.
É, em boa medida, graças a esta audaciosa mentalidade das nossas «elites» que Portugal foi, é e será uma grande e próspera nação.