Antes de voltarem à tradicional à dança das cadeiras e à designação de líderes carismáticos para o CDS, não seria pior que os seus responsáveis (os actuais, os anteriores e os vindouros) respondessem a algumas questões, resumíveis às duas seguintes: o que e quem representa o CDS? A democracia-cristã proteccionista e a doutrina social da Igreja? O populismo de direita avesso à União Europeia, à abertura de fronteiras, às migrações, à liberdade de comércio e de circulação? A direita presuntivamente liberal? E o partido quer falar preferencialmente para os pobrezinhos e descamisados, para a classe média, para os «queques» a que se refere o dr. Monteiro ou para os funcionários públicos? Ou terá, como até aqui, a pretensão de ser um mix de tudo isto?
Talvez não fosse despiciendo que os ilustres dirigentes do partido, os actuais, os anteriores e os vindouros, isto é, mais ou menos aquela dezena de cavalheiros (e a drª Nogueira Pinto) que por lá andam a esgadanhar-se há anos, fizessem uma pausa (não necessariamente para o café...) e nos dissessem, a nós, o povo ignaro, o que se lhes oferecer sobre estes e outros assuntos.