19.9.06

DNA e Teoria da Informação

Ludwig Krippahl diz aqui que a ideia de que o DNA é a linguagem da vida é apenas uma metáfora. Isso não é inteiramente verdade. Segue-se uma citação de um livro muito famoso (e não é a Bíblia) que defende o contrário:
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Como se vê, de acordo com o autor, o DNA tem todas as características de uma mensagem vulgar escrita em português ou inglês. Pode estar em vários formatos, o conteúdo é independente do formato, requer interpretação e o significado depende não apenas da mensagem como do processo de interpretação (a mesma mensagem poderia ter duas interpretações). E o que é mais extraordinário é que em determinados casos muito raros a mensagem está em inglês.

Note-se que não há nenhuma contradição entre o "DNA enquanto substância química" e o "DNA enquanto informação". Ambas são interpretações válidas do mesmo fenómeno.

Note-se ainda que se optarmos por tratar os processos bioquímicos exclusivamente como reacções espontâneas, o darwinismo implode. O próprio darwinismo é uma descrição "high level" dos processos físico-químicos espontâneos. O darwinismo requer que as entidades biológicas possam ser consideradas como agentes e não como mera colecção de processos físico-químicos. Isto porque a selecção natural actua sobre agentes e não sobre processos físico-químicos.