28.12.06

a'O Livro

Os dois regimes totalitários do último século - comunismo e nazismo - elegeram invariavelmente a religião como um inimigo a abater. Marx declarou que "a religião é o ópio dos pobres" e Hitler, enquanto exterminava os judeus, declarou que "um homem ou é alemão ou cristão; não pode ser as duas coisas." Todos os países que estiveram sujeitos a estes regimes são hoje, em geral, países livres: o nazismo desapareceu de um, o marxismo desapareceu dos outros, mas as igrejas continuam lá - e em todos.

É por isso que o sentimento anti-religioso deve ser hoje combatido em Portugal. Quando o sistema de justiça deixa de funcionar ou passa a ser utilizado para perseguir os cidadãos, em lugar de os proteger; quando um homem é abusado pelos seus semelhantes e não tem possibilidade de se defender, menos ainda de obter reparação; quando o Estado - que devia dar o exemplo do cumprimento da legalidade - se arroga a prerrogativa de invadir a esfera privada dos cidadãos nos seus mais ínfimos detalhes - e cometer sobre eles todos os abusos que lhe ocorram -, sem que eles se possam defender ou exigir responsabilidades; quando, enfim, os homens perderam a confiança na justiça dos homens, que fazer?

Onde vão os cidadãos buscar o argumento moral, a força interior, o sentimento da razão, a fé inabalável que a justiça, um dia, acabará por prevalecer? A resposta é aquela que sempre foi: a'O Livro.