29.1.07

ANA D'OTA

O modelo definido pelo governo de privatização da ANA e simultânea concessão do aeroporto da OTA tem tudo para ser um sério entrave à oferta de mais, melhores e mais baratos serviços aos clientes.
Evidentemente, os futuros novos proprietários pretenderão rapidamente rentabilizar a OTA mediante uma aposta no investimento, serviços e taxas competitivas, desvio interno de clientes e de rotas em detrimento da qualidade e competitividade de todos os demais aeroportos. Só assim, desta forma enviesada e prejudicial para as outras regiões é que o governo consegue defender que a OTA será hipotéticamente rentável e atractiva.

Ora, se ao invés da manutenção de uma situação de monopólio a ANA fosse desmembrada e privatizada, deixando os aeroportos concorrerem ou associarem-se livremente entre si, poderiam estes constatar da real necessidade ou não de um novo aeroporto: onde se situaria, como seria construído, que capacidade teria e como seria pago. O que certamente seria mais racional e serviria os interesses dos clientes e dos contribuintes.