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Subjacente a essa decisão do legislador está, como é óbvio, uma íntima convicção da estrutural estupidez do povo português que, coitadinho, se deixa influenciar pela «padralhada» nas missas a que se desloca de livre e espontânea vontade (embora, reconheçamos, muito influenciado pela falta de laicização que ainda vigora na sociedade portuguesa, pela qual é responsável a sinistra ICAR), e pelos senhores ministros nos actos das inaugurações das estradas e nas almoçaradas festivas a que a «populaça» vai matar a fome.
A liberdade de expressão é, no nosso Portugal democrático, um princípio sacrossanto, ainda que a sua aplicação possa ser fiscalizada pelo legislador, a bem da pureza e da ingenuidade do povo, e da virgindade democrática da Nação.
A propósito, e já que falamos de programas da nossa comunicação social: alguém sabe informar em que lugar vai o nosso Doutor António, nesse fantástico concurso da RTP, que é os «Grandes Portugueses»?