A força de Menezes não resulta da maior ou menor incidência dos holofotes mediáticos ou do suposto populismo que ele transpira. Ela decorre do facto de ele ser um conquistador.
À semelhança de Sá Carneiro e de Cavaco Silva, ele teve de conquistar o poder a pulso e várias vezes foi derrubado na escalada para o topo. Tal como aqueles seus dois antecessores, Menezes teve e terá todo o establishment contra si. A quase todos os restantes líderes - em especial Balsemão, Marcelo, Barroso, Santana - o poder caiu do céu, por herança ou falta de comparência de adversários.
Pessoas com este perfil são inconformistas, arrojadas, com espírito de conquista e também de mudança, ao contrário dos seus adversários, meros gestores conformistas de um sistema que os favorece.
Sócrates que se cuide.