Medina Carreirra, recente "contratação" da Grande Loja, neste defeso bloguísitico, escreve um excelente estudo sobre a situação das Finanças Públicas portuguesas.
Novamente, a questão aqui discutida ao longo dos últimos dias (em síntese, Criação de Riqueza vs. Políticas de Redistribuição) é indirectamente aflorada.
Suponho que, o que escreve Medina Carreira (que, seguramente, não se apelida, nem se deve considerar, ele próprio, um perigoso e desumano "Neo" ou "Ultra" Liberal!), ajuda a compreender a falácia, sobretudo, quando pensamos no caso concreto português, do entendimento sacrossanto de que, acima de tudo, há que "redistribuir" e, consequentemente legitimar-se o aumento ad-eternum da carga fiscal....exactamente para privilegiar a "coesão social" - o tal conceito abstracto que, em concreto e à luz da experiência histórica recente portuguesa, se mostra, INFELIZMENTE, cada vez mais elíptico e vazio de sentido!
Aqui ficam algumas notas soltas que se poderão consultar e integrar no referido post:
"A hipotética solidariedade europeia, em torno do respectivo «modelo social», dificilmente será conseguida ".
E isto, repare-se, mesmo com permanentes sobrecargas da taxa de esforço fiscal que, pelo menos, entre nós e relativamente à despesa pública não servem sequer para "tapar a cova de um dente" (tamanha é a dimensão da cárie!), pois, e continuando com o texto de Medina Carreira:
"PORTUGAL foi o país da UE/15 que registou o maior aumento do nível das despesas públicas, sem juros: + 9,6 pp. do Pib".
Sendo certo que:
"Está assim criada uma escandalosa e já insanável «fractura» na sociedade portuguesa, privilegiando claramente os «públicos» em detrimento dos «privados»".
Conclusão:
"É, por isso, risível o discurso político frequente da «solidariedade», da «coesão» e da «justiça social», feito por alguns dos co-autores, e também beneficiários, das políticas da «fractura»".