O traçado hoje por António Barreto na sua habitual crónica no Público:
«O primeiro ano de mandato do novo governo será uma trapalhada suspensa da eleição do Presidente da República, só animada pelos autarcas que se preparam para cobrar, a fim de preparar as suas eleições. Se ganhar o PSD, o Presidente da República vai ter um fim de mandato particularmente difícil. Se ganhar o PS, o Presidente da República vai ter um fim de mandato particularmente difícil.»
Cenáro negro, mas realista.
A estabilidade anunciada pelo Presidente como consequêcia das eleições de Fevereiro pode não se verificar, faltando uma maioria parlamentar (ou mesmo com ela). Sampaio, como referiu o Gabriel, tornou-se inconsequente e politicamente impotente, depois da sua comunicação ao país.
Restar-lhe-á, eventualmente, para fechar o ciclo, renunciar ao mandato depois das legislativas, convocando eleições presidenciais para o final de Maio ou início de Junho.
