1. Os subsídios à actividade económica são uma das maiores causas de desperdício de energia porque viabilizam actividades que consomem energia mas que na verdade ninguém valoriza.
2. Os subsídios às SCUTs tornam o consumo de combustíveis mais apetecíveis porque o automobilista não tem que pagar as portagens e sobre-utiliza o recurso.
3. Há quem pense que o estado deve incentivar (leia-se subsidiar) as energias renováveis. Há mesmo quem diga que essa alternativa pode ser economicamente vantajosa. Pois, não é. Se fosse, deviamos estar todos contentes por o preço do petróleo estar a subir porque o efeito é o mesmo. Com a subida do preço do petróleo, as energias alternativas são cada vez mais rentáveis e não precisam de subsídios.
4. Todos os dias são desperdiçadas quantidades imensas de energia porque existe sempre um desencontro temporal entre a oferta e a procura. Este é um problema que poderia ser minorado se o estado deixasse os mecanismos de mercado funcionar livremente. Por exemplo, a introdução de tarifas diferencadas de acordo com a hora do dia e do consumo da rede permitira poupanças significativas.
5. Portugal pode de um dia para o outro ter o equivalente a uma central nuclear: chama-se Mercado Ibérico da Electricidade. Permite-nos ter acesso à energia nuclear espanhola ao mesmo preço que os espanhóis.
6. Portugal pode criar ainda outra central nuclear instantanea se privatizar de vez as empresas de energia (GALP e EDP), se o governo deixar de interferir nos seus negócios e se deixar de atribuir licenças com o objectivo de proteger as empresas nacionais.
7. O hidrogénio não é uma fonte primária de energia. Não é solução para nada de relevante excepto para o armazenamento de energia produzida por outros meios.
8. A energia solar e a energia eólica não garantem fluxos continuos e estáveis de energia e por isso nunca poderão, por si só, garantir toda a energia produzida. Terão sempre que ser complementadas por processos mais estáveis.