Há pouco vi na televisão uma reportagem sobre uma comunidade piscatória de Malaca em que continuam, ainda hoje, 400 anos após os portugueses saírem de lá, a falar um português antigo e esforçado e a celebrar em grande festança o seu San Pedro.
Eu gosto de festas populares, das sardinhas, dos pimentos, das pessoas nas ruas, dos bailes. Hoje a noite está fraca, mas tenho saudades das minhas sortidas ao S. Pedro da Afurada, cujo apoteótico terminus, após o fogo de artificio, era o bailarico em S. Pedro de Miragaia, já deste lado do rio.
Reparo no entanto que no calendário liturgico se assinala amanhã o dia dos apóstolos São Pedro e São Paulo. Apesar da tradição defender que ambos foram mortos no mesmo dia, apesar de todas as suas cartas, apesar de ser praticamente o fundador do cristianismo, ou se calhar por tudo isso, São Paulo nunca foi popular.