A construção do aeroporto da Ota baseia-se no mito do grande Hub. A ideia é criar um aeroporto capaz de centralizar o tráfego que vem da América do Sul, dos EUA e de África e redistribuir esse tráfego pelos pelos aeroportos europeus.
O grande problema do Grande Hub é que, com o desenvolvimento das low costs que priviligiam aeroportos de baixo custo e a descentralização do tráfego, o Hub da Ota é vulnerável à concorrência, quer dos aeroportos de Faro e do Porto quer dos aeroportos espanhóis.
Com o desenvolvimento do tráfego em rede, as vantagens da centralidade começam a não ser suficientes para compensar os baixos custos dos aeroportos menores.
Em Portugal, os governos terão a tentação de, para viabilizar a OTA de impedir a concorrência entre aeroportos subordinando a gestão dos aeroportos de Faro e do Porto aos interesses do grande Hub da Ota. Mas os governos não poderão impedir a concorrência dos aeroportos espanhóis que estarão a concorrer pelo mesmo tráfego.