E o omnipresente Estado lá está, a «financiar» com 4,1 milhões, um golfe cujo custo total é de 7,2 milhões de euros. (no AO)
Estes apoios são totalmente descabidos e deixam adivinhar que outras intenções/propósitos haverá.
Em primeiro lugar, se o golfe for uma estrutura rentável, o subsídio público será totalmente desnecessário, pois que sempre seria construído, sem apoios públicos. E tal «apoio» será mesmo prejudical, pois que afectará negativamente os concorrentes.
Em segundo lugar, se sem subsídio o golfe não viesse a ser construído, por a empresa entender que nesse caso tal investimento não seria compensador, então, também não se deveriam desbaratar fundos dos contribuintes, em projectos privados deficitários.
Em terceiro lugar, e por principio, o Estado não se deve envolver ou fomentar decisões em determinado sentido (impedir/fomentar) por parte dos empresários, pois que apenas a estes caberá analisar e estudar as perspectivas de rentabilidade dos projectos, assumindo naturalmente os risco de sucesso e de fracasso.
Assim, tais apoios revestem uma intervenção de carácter exclusivamente político, sem racionalidade ou interesse económico (pelo contrário), o que se deveria evitar, seja por razões de concorrência, eficiência económica e sobretudo, boa gestão das verbas origináras dos contribuintes.
Este tipo de subsídios consubstancia uma transferência de rendimentos de todos os contribuintes para benefício, injustificado, de um ou dois outros contribuintes. Os interesses justificadores porque o faz (e/ou os seus agentes), não é escrutinado, nem sequer devidamente conhecido por parte de quem na prática os financia.