30.1.06
Virtudes Liberais
A propósito deste post de Paulo Pinto Mascarenhas [citação: O liberalismo não é só de boca nem se aprende só nos livros. Pratica-se - e a verdade é que a prática de alguns não coincide com o que vão citando das velhas sebentas.], vale a pena lembrar que o liberalismo não é uma religião nem uma filosofia pessoal. Ser liberal não é sinónimo de virtude. As duas coisas estão em planos totalmente distintos. O liberal não se julga o dono da virtude nem afirma estar na posse do caminho virtuoso. O liberalismo não procura novos cidadãos possuidores das virtudes liberais, que nem sequer existem. O que os liberais defendem são instituições políticas respeitadoras de determinados princípios, tão abstractas quanto possível, compatíveis com qualquer que seja a natureza humana e onde cada um tenha a liberdade de agir e seja responsabilizado pelos seus actos. As virtudes que possam emergir de tais instituições políticas são uma consequência espontânea da adequada conjugação de liberdade e responsabilidade.