30.1.06

Não Blasfemarás

No editorial de hoje, no Público, José Manuel Fernandes escreveu:

«Blogues como Espectro, Blue Lounge, O Insurgente, Portugal Contemporâneo ou Causa Liberal, entre outros, têm trocado ideias sobre se a eleição de Cavaco Silva favorece ou não a afirmação de uma alternativa não keynesiana nem social-democrata, também não obrigatoriamente ligada à direita tradicional (que em Portugal nunca foi liberal e sempre preferiu o proteccionismo, da mesma forma que preferia o paternalismo autoritário à responsabilidade individual), antes moderna e visceralmente anti-estatista.»
Num ou noutro local e em e-mails, há quem se refira à não inclusão do Blasfémias na lista de blogues que JMF refere. Na realidade, nem sei se já aqui debatemos muito a afirmação da alternativa não-keynesiana, não social-democrata, não direita-tradicional ligada à eleição de Cavaco Silva. É certo que gostamos de debater alternativas não-keynesianas, não sociais-democratas, não direitistas, não esquerdistas, não estatistas e não politicamente correctas, mas não sei se alguma vez o debate foi feito no estrito âmbito da eleição de Cavaco Silva. O Público é um jornal muito preciso nas suas citações.

Na realidade não é preciso ir por aí. A verdadeira razão para a não inclusão do Blasfémias na lista era outra. Encontrei-a aqui:
«O Livro de Estilo do PÚBLICO estipula que "não são admissíveis as obscenidades, blasfémias, insultos ou qualquer tipo de calão, excepto quando são essenciais à fidelidade da notícia ou da reportagem - e após consulta do editor."»
Está explicado. No Público, Blasfémias não.