No meu «fotopost» sobre o «evolucionismo social-democrata» faltavam as fotografias de vários ex-líderes do partido laranja. Na caixa de comentários alguns leitores mais atentos referiram-nos a quase todos, nomeadamente Emídio Guerreiro, Sousa Franco, Mota Pinto e Rui Machete, muitos deles já falecidos e que exerceram essas funções passageiramente e há muito tempo atrás.
Ninguém se lembrou, por estranho que pareça, de Marcelo Rebelo de Sousa. Acrescentada à versão original do «post» uma gravura de Cristo, em referência à sua célebre afirmação de que nem que o Salvador descesse à terra seria candidato à liderança, Marcelo continuou esquecido. Um dos comentadores disse até que não entendia o que fazia Jesus Cristo, «o maior revolucionário de todos os tempos», no fim da fila.
Marcelo Rebelo de Sousa não foi o «maior revolucionário de todos os tempo», nem sequer o maior dirigente que o PSD teve até hoje. Mas foi-o há pouco tempo e durante muito mais tempo do que todos os outros «esquecidos». Continua na vida política com presença activa e permanente. Por que razão foi então esquecido?
Francamente, só vejo uma. Desde que há uns anos Marcelo apostou no comentário político televisivo semanal para se manter no «activo», a força da televisão e das suas prestações fizeram esquecer os tempos da política partidária. O «Professor Marcelo», cujo talento e brilho são universalmente reconhecidos (excepção feita a Rui Gomes da Silva), substituiu o líder Marcelo, que agradava apenas a alguns entusiastas do PSD. A televisão é o instrumento político por excelência do nosso tempo e tanto serve para fazer líderes de partidos, como para os fazer esquecer ou substituir por líderes de opinião.
Uma lição a que o Dr. Paulo Portas deverá estar atento, agora que, na senda de Marcelo, se estreou no comentário político televisivo regular.
Ninguém se lembrou, por estranho que pareça, de Marcelo Rebelo de Sousa. Acrescentada à versão original do «post» uma gravura de Cristo, em referência à sua célebre afirmação de que nem que o Salvador descesse à terra seria candidato à liderança, Marcelo continuou esquecido. Um dos comentadores disse até que não entendia o que fazia Jesus Cristo, «o maior revolucionário de todos os tempos», no fim da fila.
Marcelo Rebelo de Sousa não foi o «maior revolucionário de todos os tempo», nem sequer o maior dirigente que o PSD teve até hoje. Mas foi-o há pouco tempo e durante muito mais tempo do que todos os outros «esquecidos». Continua na vida política com presença activa e permanente. Por que razão foi então esquecido?
Francamente, só vejo uma. Desde que há uns anos Marcelo apostou no comentário político televisivo semanal para se manter no «activo», a força da televisão e das suas prestações fizeram esquecer os tempos da política partidária. O «Professor Marcelo», cujo talento e brilho são universalmente reconhecidos (excepção feita a Rui Gomes da Silva), substituiu o líder Marcelo, que agradava apenas a alguns entusiastas do PSD. A televisão é o instrumento político por excelência do nosso tempo e tanto serve para fazer líderes de partidos, como para os fazer esquecer ou substituir por líderes de opinião.
Uma lição a que o Dr. Paulo Portas deverá estar atento, agora que, na senda de Marcelo, se estreou no comentário político televisivo regular.