Não existe um CDS, mas, pelo menos, três: o democrata-cristão de Ribeiro e Castro, o populista de Manuel Monteiro e o pragmático de Paulo Portas. Estas três facções e os seus respectivos líderes estão, fora ou dentro do partido, em conflito aceso pelos 8% de eleitorado que, na melhor das hipóteses, correspondem ao seu espaço eleitoral máximo. Na última vez que chegou ao governo, como sempre em coligação com o PSD, o CDS era um partido razoavelmente unido, que unido tinha atravessado vinte anos de deserto. A multiplicar por três, daqui por sessenta anos lá o voltaremos a ver.