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Ribeiro e Castro aguentou o que não devia tentando simular uma dignidade que aquele partido já não possui há muito. Fez um novo Congresso. Voltou a ganhar. Julgou-se que a guerrilha iria terminar. Mas só quem desconhece aquele caldo de cultura poderia esperar coisa assim. Os ataques ganharam ainda maior fulgor. Mais pérfidos e traiçoeiros. Menos de 6 meses depois do segundo Congresso já se exigia uma "clarificação" num novo Congresso. Esforçaram-se por criar "vagas de fundo" para que quem estava a atirar todas as pedras mas sempre a esconder a mão pudesse regressar a todo o custo. Recorreu-se ao insulto quotidianamente. Os amiguinhos de sempre nos media garantiam que Ribeiro e Castro parecesse sempre como alguém sem jeito nem futuro, uma espécie de usurpador do direito natural de outrém à liderança.
Agora um dos mentores de toda esta pouca vergonha queixa-se. Vitimiza-se. O perseguidor (por conta de outrém) diz-se perseguido. Quem não pára de fazer sangue à custa do seu próprio partido acusa o torturado de ser o algoz. E, impudicamente, ameaça reincidir.
O problema do CDS não é de liderança. Ao longo de décadas, sobretudo na última, criou-se esta forma de estar. Qualquer dirigente se acha na qualidade de predador do próximo, sem olhar a meios nem ponderar fins mais alargados do que os da sua própria quadrilha.
O actual líder pode estar desgastado de vez - mas, também, se esgotou a pouca credibilidade que o CDS ainda pudesse ter. Qualquer que seja o líder.