1.9.07

Ainda se admiram com o milho...

Depois de décadas em que batiam nos cidadãos, as forças de segurança passaram a proteger os agressores. Será certamente um caso de empatia que os psiquiatras poderão explicar. Repare-se, por exemplo, nesta notícia de ontem do "Correio da Manhã" sobre um caso de violência doméstica acontecido em Cantanhede :

«As autoridades foram chamadas a casa do indivíduo – contra quem existem várias queixas por violência doméstica – às 00h30, por haver a suspeita de ter agredido a mulher. Ao aperceber-se da chegada dos militares, fechou o portão de casa e, empunhando uma arma, impediu-os de entrar, obrigando-os, sob ameaças, a abandonar a zona.
Duas horas mais tarde, a GNR foi alertada para o facto do reformado se encontrar numa bomba de gasolina, aparentando estar alcoolizado, fechado dentro de um carro, a ameaçar os transeuntes com uma arma. A GNR enviou quatro elementos – dois dos quais tinham estado em casa do suspeito – que foram novamente ameaçados com uma pistola, de calibre 6.35 mm, e insultados. O homem – que também possuía uma pistola de ar comprimido – mostrou-se arrependido, foi detido e presente a tribunal.»

Após ter sido ameaçada a GNR recolheu tranquilamente ao posto, certamente rezando para que o senhor não os ameaçasse mais. Quem sabe até ligaram para as linhas SOS queixando-se da ameaça de que tinham sido vítimas.
Sobre a mulher presume-se que terá ficado entregue aos ternos cuidados do agressor.