Para seu mal e mal da dra., os chineses destoam desta imaculada visão. Claro que eles vivem do dumping social, da ausência de horários, do trabalho da família. E vivem assim por uma única razão: porque os deixam. Se não os deixassem, não viviam. A coisa não se resolve inventando uma quota ou, pior ainda, um “gueto”. Basta cumprir a lei. Só que uma ideia tão prosaica não é digna do vigor e do génio da dra. Maria José Nogueira Pinto. (copy/paste via Blog da Atlântico)
O que é o dumping social? Os chineses trabalham muito, logo fazem dumping social? Deve haver uma lei que impeça as pessoas de trabalhar´muito? Ou será que o que se contesta é a venda de produtos com origem na China? Bem, mas a venda de produtos importados da China não é ilegal. As lojas portuguesas também o fazem.
Ausência de horários? Então não é positivo para a Baixa que as lojas estejam sempre abertas? E isso não é positivo para os clientes? A melhor forma de salvar a Baixa é limitando os horários? Das 9 às 13 e das 15 às 19? São as lojas chinesas que estão abertas a horas ilegais ou são as lojas portuguesas que não aproveitam todo o horário legalmente permitido?
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Trabalho da família? Nunca vi trabalho infantil numa loja chinesa. Logo o que se contesta é o facto de tais lojas serem empresas familiares, tal como milhares de lojas portuguesas (onde se vê trabalho infantil perfeitamente inócuo). As empresas familiares não são ilegais, nem me parece que o devam ser.
Basta cumprir a lei? Bem, vamos supor que se passa a cumprir a lei. Porque razão se pensa que as lojas chinesas serão mais afectadas por tal medida que as portuguesas? Desde quando é que os portugueses se transformaram em cidadãos exemplares cumpridores da lei?