27.4.04

CHIPRE



Os resultados do referendo sobre a unificação de Chipre vieram confirmar o pior cenário: a União Europeia irá admitir no seu seio um país dividido, parcialmente ocupado militarmente, no qual não existe liberdade de circulação, nem de comércio. Ao mesmo tempo herdará por atacado não só um conjunto simpático de umas centenas de capacetes azuis da ONU como receberá de presente o seu próprio MURO: o que separa em duas a capital Nicósia.
Sim senhor, bom negócio.

Perante o perverso plano de paz em votação, o qual permitia que 2 mil tropas turcas se mantivessem em território cipriota e que fosse limitada a liberdade de circulação entre as duas comunidades, não é de espantar que os cipriotas gregos o rejeitassem. Quem admitiria que um exército invasor se mantivesse no seu próprio país? Quem aceitaria que não se pudesse deslocar livremente dentro do seu país (em contraste, poderia circular livremente por outro 24 países)?. O plano tinha tudo para falhar. Nunca Chipre deveria ter sido admitido na UE sem ter a questão da reunificação resolvida.