22.6.05

EFEITOS SECUNDÁRIOS DO GALOPANTE FEMINILIZAR DAS UNIVERSIDADES ou o nocivo desaparecimento da ética masculina

Exame de Direito, percentagem esmagadora de senhoras. O tempo disponível para a realização do exame aproxima-se do fim e quase ninguém entregou a prova. Um dos alunos suplica por alguns minutos de tolerância. O Professor discute com os assistentes e parece assentir na concessão de mais 15 minutos.

Nisto, uma aluna, de modo veemente, informa a sua discordância com tal benesse: «preparei o meu exame para o tempo concedido e, agora, fico prejudicada face aos outros que não tiveram esse cuidado. Que se tivessem prevenido, não é agora que vão recuperar».
O Professor fez cessar o burburinho dizendo que, diante dessa contestação e das razões invocadas, o tempo do exame continuaria a ser o inicial.

A custo, disfarcei o meu espanto. Estou já bastante habituado e, até, conformado com o desaparecimento das regras mínimas (não escritas) de companheirismo e solidariedade entre estudantes - mas opor-se a que os colegas tenham mais tempo num exame alegando «prejuízo» para si própria pareceu-me ser um excesso mesquinho, embora assaz revelador do panorama.
Não pude deixar de pensar nos resultados extremamente desagradáveis, quiçá dolorosos, que adviriam para um incauto que se atrevesse a fazer coisa semelhante nos tempos (espiritualmente remotos) em que eu era aluno - desde que o responsável fosse do sexo masculino, é claro...