Na sequência da promessa de anunciar oportunamente um programa de privatizações, Campos e Cunha assegurou que a Caixa Geral de depósitos não será alvo de privatização nesta legislatura.
Não compreendo porquê! Começa a notar-se na Europa um movimento de consolidação ao nível do sector bancário e pôr a CGD à venda despertaria decerto um enorme interesse. Na próxima legislatura poderá já ser tarde.
Admitindo para a Caixa um valor mínimo idêntico ao do BCP, estaríamos a falar de um encaixe da ordem dos 7.000 milhões de euros com a venda da totalidade do capital, valor que ajudaria a baixar o rácio da dívida pública para muito perto dos 60% do PIB e a poupar mais de 300 milhões por ano nos juros da dita, reduzindo o défice neste montante.
Outras hipóteses de privatização, logo a seguir à CGD: TAP (antes que volte aos prejuízos), ANA, RTP e RDP (dariam receita quase nula, mas poupar-se-ia 200 milhões por ano em indemnizações compensatórias, CP, Carris, Transtejo, Metros e STCP (os 4 últimos deveriam pelo menos ser municipalizados ou "metropolitanizados").
Agradecem-se sugestões de mais privatizáveis - não a mim, que as aceitarei todas, mas ao Sr. Ministro das Finanças.
