Caro rui a.,
Como julgo que estás bem ciente, sou a favor do euro e estou de acordo com os acordos de Schengen. Isso, aliás, nada tem a ver com a "constituição" europeia.
É que há vários "Não", como já escrevi repetidas vezes.
Há quem diga "Não" a esta e a qualquer outra "constituição", Tratado ou coisa que o valha - porque, pura e simplesmente, querem Portugal fora da EU, de preferência com esta esboroar-se.
Parte substancial deles são comunistas mal reciclados que ainda sentem desconforto com a Liberdade e com a era dos mercados.
Outros ainda estão nostálgicos do Estado-Nação naquela acepção que resultou do Tratado de Westefália do saudoso ano de 1648. São pobres D. Quixotes mas sem o romantismo e a graça do cavaleiro da triste figura. De entre eles sobressaem alguns salazarentos que recusam a evolução das coisas e dos conceitos. Gostariam que tudo ficasse como era. Que Portugal fosse uma imensa aldeia da roupa branca feito de quintas, casais e quintais verdejantes, onde alguns senhores boçais se divertiam e o povo vivia feliz na miséria da ignorância e da sua muita fé.
Quer uns quer outros, desconfiam das pessoas, rejeitam a alteração dos seus ilusórios paradigmas existenciais e acreditam no Estado como ímpar factor de resistência.
Para esse "Não" soberanista, de direita ou de esquerda, o Estado é um refúgio, talvez o último.
O meu "Não" não é nada disso. Sou europeísta e julgo que esta crise emerge directamente do voluntarismo desajustado da Convenção giscardiana. Quero a Europa e a manutenção da moeda única e considero os Acordos Schengen historicamente necessários.
Mas também julgo que a subsistência da UE estará dependente de uma preocupação real de paridade entre os Estados que a compõem, bem como de muitos factores que não são minimamente considerados na "constituição" - ou a Europa reganha alma e sonho ou afastar-se-á definitivamente das pessoas.
E, neste momento, não há nada que esteja a fazer pior ao sonho europeu do que a obstinação desenfreada em insistir nesta desditosa "constituição" que nunca o foi nem o será.
Como julgo que estás bem ciente, sou a favor do euro e estou de acordo com os acordos de Schengen. Isso, aliás, nada tem a ver com a "constituição" europeia.
É que há vários "Não", como já escrevi repetidas vezes.
Há quem diga "Não" a esta e a qualquer outra "constituição", Tratado ou coisa que o valha - porque, pura e simplesmente, querem Portugal fora da EU, de preferência com esta esboroar-se.
Parte substancial deles são comunistas mal reciclados que ainda sentem desconforto com a Liberdade e com a era dos mercados.
Outros ainda estão nostálgicos do Estado-Nação naquela acepção que resultou do Tratado de Westefália do saudoso ano de 1648. São pobres D. Quixotes mas sem o romantismo e a graça do cavaleiro da triste figura. De entre eles sobressaem alguns salazarentos que recusam a evolução das coisas e dos conceitos. Gostariam que tudo ficasse como era. Que Portugal fosse uma imensa aldeia da roupa branca feito de quintas, casais e quintais verdejantes, onde alguns senhores boçais se divertiam e o povo vivia feliz na miséria da ignorância e da sua muita fé.
Quer uns quer outros, desconfiam das pessoas, rejeitam a alteração dos seus ilusórios paradigmas existenciais e acreditam no Estado como ímpar factor de resistência.
Para esse "Não" soberanista, de direita ou de esquerda, o Estado é um refúgio, talvez o último.
O meu "Não" não é nada disso. Sou europeísta e julgo que esta crise emerge directamente do voluntarismo desajustado da Convenção giscardiana. Quero a Europa e a manutenção da moeda única e considero os Acordos Schengen historicamente necessários.
Mas também julgo que a subsistência da UE estará dependente de uma preocupação real de paridade entre os Estados que a compõem, bem como de muitos factores que não são minimamente considerados na "constituição" - ou a Europa reganha alma e sonho ou afastar-se-á definitivamente das pessoas.
E, neste momento, não há nada que esteja a fazer pior ao sonho europeu do que a obstinação desenfreada em insistir nesta desditosa "constituição" que nunca o foi nem o será.