ai tão culto que eu sou, ai ai, ai ai, tenta ironizar o jornalista profissional na sua pré-réplica. Depois avança no insulto com evidentes timbres futeboleiros, mas para esse peditório, agora, não estou na disposição de ser generoso (quando a nova época começar pode ser que sim).
Mas, uma vez mais, a questão está mal colocada. O que estava aqui em causa, essencialmente, é uma equação mais apropriada das referências indevidamente imaginadas aqui.
Claro que outras razões foram chamadas à colação: a veneração pindérica pelo ícone, o modismo de se dizer aquilo que se julga ficar bem dizer, os lamentáveis equívocos históricos, a turbulência conceptual e ideológica.
A tudo isto tenho ficado calado. Não reagi perante múltiplas asneiras, lacunas e banalidades. Nem mesmo diante do «rio que separa a Europa da Ásia».
Mas há quem tome o silêncio por assentimento ou, talvez, até temor - e, levianamente, desata à traulitada aos blogues que não vêem a realidade da mesma forma que a opinião comum das redacções. O jornalista profissional atacou os blogues. E levou a resposta.
Donde, o ponto fundamental em causa não é a muita cultura de alguém (aliás, bastante modesta caso se circunscrevesse a 125 referêncas) mas a imensa incultura de outros - assim, seria bem melhor que se escrevesse ai tão inculto que eu sou, ai ai, ai ai...
