Hoje, não sei bem porquê - talvez porque almocei sozinho e andei a ler jornais - estive a fazer um curto balanço sobre o Blasfémias e aquilo que representa.
Fortemente ignorado ou simplesmente menorizado pela imprensa tradicional - excepção honrosa para o Comércio do Porto - who cares? vendo o blogómetro constato que, mês após mês, o Blasfémias mantém uma impressionante regularidade e liderança, partilhada com o mainstream.
Mas há um aspecto que torna o Blasfémias especial: é que não é só um blog. É uma enorme comunidade que interage à volta de um blog.
Na verdade, o Blasfémias tem uma matriz liberal, certamente, mas a existência de uma caixa de comentários única, sem restrições, faz com que este seja um espaço verdadeiramente plural, com participantes - regulares e fiéis - de todos os quadrantes ideológicos. Não tenho dúvida que uma parte significativa do interesse do Blasfémias está nas suas caixas de comentários, onde se podem deixar os maiores elogios, os maiores insultos, dissertações de grande qualidade, ou meros desabafos. E, quantas vezes os participantes acabam a discutir aspectos que nada têm a ver com o post inicial?
O Blasfémias é, sem dúvida, o instrumento de mediação em Portugal que mais voz dá aos seus leitores, e um dos poucos que se apresenta num estado puro.
O nível de qualidade - ou por vezes, de polémica - dos nossos posts faz com que sejamos sistematicamente referenciados noutros blogs, o que alarga de uma forma exponencial, em rede, a teia da nossa presença. Noto também que este - como outros blogs - estão frequentemente num momento anterior à divulgação da notícia «tradicional», sendo habitual encontrar ideias apresentadas aqui (e na blogosfera) desenvolvidas nos jornais e nas opiniões televisivas dos dias seguintes. Digo tudo isto sem «vaidades», mas com a satisfação de quem «bloga» pelo puro prazer de comunicar, de partilhar e difundir ideias.
O Blasfémias é, penso, a maior comunidade política da blogosfera portuguesa, um blog verdadeiramente plural, uma enorme Sociedade Anónima. Sempre em ebulição.
A todos, por isso, obrigado. No início de um Verão que se prevê «quente», vamos continuar a fazer do Blasfémias um caso de sucesso! Da minha parte, continuarei a dar o meu melhor, esperando ir ao encontro das expectativas da nossa exigente comunidade.
Rodrigo Adão da Fonseca