O Doutor Vital Moreira faz duas curiosas afirmações sobre o General Spínola e a sua participação no 25 de Abril, em recentes «post» editados no Causa Nossa: que não viu com bons olhos «ele ter aceito o cargo de presidente provisório de uma revolução que não fizera e que não estimava e que queria reduzir a um "aggiornamento" moderado do regime autoritário (para além da sua peregrina tese federalista para a questão colonial...)», e que o General nunca tivera «um grão de convicção democrática».
Eu posso até admitir que Vital Moreira tenha alguma razão no que afirma. Ficam, no entanto, por esclarecer as duas dúvidas que justificaram este meu outro «post»:
- porque estranhas razões os democratas de Abril confiaram a chefia institucional do MFA e a Presidência da nova República a um encartado fascista?;
- e porque estranhíssimos motivos se terá convertido um democrata e um resistente de sempre ao Estado Novo - Adelino da Palma Carlos -, em tão poucos meses, num seguidor do autoritarismo (fascismo?) spinolista?
Dois mistérios, entre muitos outros, que envolvem ainda o glorioso 25 de Abril.
