4.7.05

Energias alternativas e externalidades II

O Alfredo escreve o seguinte nos comentários:

O que se sucede é que Portugal vai entrar no mercado de emissões do CO2. As externalidades relevantes são causadas pela emissão de CO2, pelo que qualquer fonte de energia que não cause emissões não deve ser penalizada.


Comentário:

1. Portugal ao entrar no mercado de CO2 obriga as empresas portuguesas que excedam as respectivas quotas de CO2 a comprar direitos de emissão. É o proóprio mercado que penaliza os poluidores. Não são necessárias penalizações adicionais.

2. As emissões de CO2 não são a única externalidade das fontes de energia. Não existem externalidades boas e externalidades más. As fontes de energia alternativas também têm externalidades e essas externalidades devem ser penalizadas.

3. O CO2 não é a única externalidade, nem sequer a mais importante, das energias fósseis. A queima de combustíveis fósseis emite CO, NOx, ozono, SO3, partículas, chumbo etc.



Diz ainda o Alfredo:

Assim sendo, não há grande diferença entre penalizar as que emitem CO2 e beneficiar as que não o fazem, já que importa substituir uma quantidade de produção maior do que aquela que vai ser possível substituir.


Comentário:

Ou seja, devemos preocupar-nos exclusivamente com o CO2. O impacto ambiental das turbinas eólicas e dos paineis solares deve ser ignorado. Não interessa o efeito das turbinas eólicas na paisagem ou nas aves. Não interessa a grande fracção do território roubado ao ambiente natural que terá que ser ocupada com paineis solares e moinhos de vento. Não interessam as enormes quantidades de material e energia necessários para produzir moinhos de vento e paineis solares. E será que a produção de paineis solares e moinhos de vento não geram CO2?