Em segundos, duas das seis torres de Tróia ficaram reduzidas a escombros. O golpe fatal foi dado, simbolicamente, pelo próprio primeiro-ministro, que accionou o detonador numa varanda do hotel Rosamar. Tudo correu como planeado.
Versão do Diário de Notícias:
No último piso do Hotel Rosamar, o primeiro-ministro, José Sócrates, detonou 95 quilos de explosivos, provocou a demolição dos dois edifícios e garantiu que fará o mesmo noutros pontos do País - avançando que o prédio Coutinho, em Viana do Castelo, poderá ser o próximo a vir abaixo.
Versão do Público:
As torres Verde-Mar e T04, do antigo complexo turístico da Torralta, em Tróia, já foram demolidas. Às 16h00, o primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente do grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, accionaram o detonador que provocou a implosão dos dois edifícios.
Versão do Correio da Manhã:
Foi como se a terra as engolisse de um só trago. ?Fogo!? e as duas torres inacabadas de Tróia, cada uma com 16 andares, caíram em menos de três segundos. O primeiro-ministro, José Sócrates, atrasou-se a accionar o detonador de brinquedo. Quando executou o gesto simbólico a Torre T04 já começara a afundar-se diante dos seus olhos.
O detonador fictício foi um adereço usado para reforçar o carácter naturalmente espectacular da implosão, precedida de banda sonora apropriada: música heróica de Vangelis, audível em qualquer ponto da península.
Comentários:
1. 75% dos jornalistas portugueses não distinguem a verdade da ficção;
2. Os jornalistas politicamente empenhados que não querem comprometer as suas fontes governamentais estão todos nos chamados jornais de referência;
3. Os chamados jornais de referência produzem óptimos artigos de opinião, excelentes divagações literárias, cenários maquiavélicos e dossiers temáticos maravilhosos. Mas quem quiser saber a verdade terá que ler os tablóides;
4. Ai se fosse com o Santana ...