22.1.06

Curiosidades Eleitorais (II)

A abstenção nas presidenciais tem denotado uma tendência claramente ascendente e é tanto maior quanto menos disputadas - e dramatizadas - são as eleições. Pelos últimos dados divulgados pelo STAPE, às 16 horas a afluência rondava os 47%, o que leva a crer que se ultrapassarão os míseros 51% verificados em 2001, em que foi batido o recorde de abstenções em presidenciais.

A afluência maior - menos de 16% de abstenção - ocorreu em 1980, quando Sá Carneiro levou a dramatização aos píncaros, o que não foi suficente para eleger o outro Carneiro, também Soares de seu nome. Mesmo a 2ª volta ocorrida em 1986 entre Freitas do Amaral e Mário Soares (22% de abstenção), não conseguiu tamanha afluência. A partir de então a abstenção ultrapassou sempre os 30%, mesmo em 96 (34%) em que houve uma disputa cerrada entre Sampaio e Cavaco.

Curiosamente, a abstenção é por sistema mais elevada nas presidenciais e nas autárquicas do que nas legislativas. O que faz sentido: os eleitores estão conscientes que são estas as que mais mexem com a sua vida.