Os portugueses pagam cara a electricidade, comparativamente a outros mercados não por questões de custos de produção, mas essencialmente por a empresa ser monopolista e como tal fonte de ineficências múltiplas.
Os últimos governos decidiram que o mercado nacional só será liberalizado dentro de alguns anos.
A empresa monopolista sugeriu uma tabela de aumento de preços a vigorar em 2005. O organismo regulador do mercado deu o seu aval.
Mas agora, ultrapassando as regras que ele próprio estabeleceu, o governo, o Estado, entendeu interferir uma vez mais, baixando administrativamente os preços para o sub-mercado industrial. Claro, sendo uma empresa supostamente privada, a empresa será «compensada». Como? Os restantes consumidores, todos nós, pagarão mais 56 milhões de euros. É portanto, um novo imposto: não se pode escolher o fornecedor e pagar-se-á, para além do preço, uma margem para que o Estado possa financiar determinadas empresas.