Parece que a Inditex, uma empresa galega dona da marca Zara, vai obrigar todos os seus funcionários a saber falar espanhol.
O Grupo Luís Simões, grupo português do sector dos transportes e logística, está a dar aulas de espanhol aos seus funcionários.
Conclusão: ao contrário do que sugere o RMD, as empresas galegas de sucesso e as empresas portuguesas de sucesso ignoram as respectivas línguas nacionais (o galego e o português) e adoptam as línguas da globalização (neste caso o espanhol, mas poderia ser o inglês) seguindo critérios puramente económicos.
Nota 1: claro que as empresas privadas têm todo o direito de embarcar em fantasias nacionalistas, desde que o façam à custa dos respectivos accionistas. O estado português é que não tem o direito de embarcar em fantasias à custa do dinheiro dos contribuintes.
Nota 2: também devemos esperar que as empresas privadas tenham estratégias baseadas em conjecturas por demonstrar. Essas conjecturas poderão revelar-se correctas, caso em que os accionistas têm lucro, ou incorrectas, caso em que os accionistas perdem dinheiro. O accionistas sabem disso e estão dispostos a assumir o risco. Os estados não podem tomar decisões com base em conjecturas não demonstradas porque os seus cidadãos não escolheram o país onde vivem e não têm nenhuma hipótese de optar por uma situação com riscos menores.