2. Já se sabe, nem todos os candidatos têm muito jeito para contas. Imagino as perguntas, esta manhã: "Ó Maria... telefona aí ao Coelho e pergunta-lhe se ainda vai dar para apanhar o Alegre...", ou "E esta gente lutadora, terá na ponta das suas canetas o alento que amplificará a voz num grito de gargantas que clamam pela segunda volta?"
3. No último dia de campanha, Jerónimo de Sousa falava nos "neo-liberais que aplaudem a política de aumentos de impostos de Sócrates". Que confusão. Se aqueles a quem Jerónimo chama ignorantemente neo-liberais são simplesmente liberais, ninguém mais do que eles está contra o aumento de impostos. E a confusão de Jerónimo é ainda maior porque quem quer aumento de impostos é quem pede mais despesa pública e mais intervenção do estado e nesse grupo inclui-se sempre o partido do Jerónimo.
4. Enquanto a campanha nos distraía, a despesa pública do sub-sector estado continuava a crescer a ritmos insustentáveis, no primeiro ano de contenção socialista.
E ainda faltam as autarquias. E a OTA e o TGV. Continuem assim. O abismo é já ali à frente.