O QUE NÃO É "LIBERALISMO"?
Sem dúvida que há muitos liberalismos ou melhor existem atitudes liberais distintas - mas há pontos comuns sine qua non que integram o seu núcleo duro.
Alguma turbulência conceptual não significa um relativismo desbragado.
Muitas vezes a aproximação à ideia de "liberalismo" é mais viável se for feita pela negativa. Aí, o João Galamba brindou-nos com uma súmula bastante útil. Involuntariamente, é certo, traçou um elenco de razões que resumem exemplarmente aquilo que um liberal - seja ele «céptico», radical ou coisa que o valha - não pode ser.
Saliento, apenas, estes extractos: «O liberalismo (...) reconhece e valoriza a dimensao politica da existencia humana e o papel essencial do Estado como garante ultimo de uma comunidade politica» (...) «O Estado nao uma entidade estranha a sociedade e a comunidade politica, de uma certa forma ele pertence e transcende-as, sem que com isso se configure como uma exterioridade absoluta (a semelhanca da lei que nao e ditada por Deus nem existe num reino platonico de ideias puras)».