Mas o senhor Presidente não entende que o «respeito pela protecção de dados pessoais» nunca pode servir «para impedir o cruzamento de informações através do qual podem ser detectados delitos»?.
E não defende também que a «inversão do ónus da prova deveria ser aplicada a "medidas de natureza fiscal e de natureza penal que devem ser introduzidas no combate à corrupção»?.
Se defende tais retrições à liberdade individual, se entende aceitável que sejam conferidos tais poderes ao Estado sobre a generalidade dos cidadãos porque é que se preocupa com umas escutas telefónicas? E sobre as restantes 8 mil/ano, nada a dizer? Não será legítimo pensar que tal «preocupação» resulta apenas de lhe tocar de perto a si e aos seus amigos?
