Ener 1000, o computador português, em 1981. Eram grandes as expectativas:
Depois, os políticos incompetentes não obrigaram os consumidores a comprar o computador:"O aparecimento do primeiro microcomputador inteiramente desenvolvido em Portugal e com tecnologia portuguesa. O aparecimento do ENER 1000 é algo que vem preencher uma lacuna na produção nacional e facilitar a informatização. É também algo que ficará historicamente registado - um acto de pioneirismo que só dignifica a nossa ciência e a nossa industria. Cérebro associa-se ao impacto com que este trabalho foi recebido por toda a parte, e conta toda a verdade sobre mais este produto, agora português, que o mercado se prepara para absorver."
A culpa do insucesso do Ener 1000 só pode ser atribuída às fantasias internacionalistas. Deixaram entrar cá computadores estrangeiros que eliminaram completamente a capacidade de resposta da indústria portuguesa, um absurdo erro estratégico e um enorme risco. Se um dia os fornecedores estrangeiros de computadores nos fecham a torneira, ainda ficamos todos a fazer contas à mão e a publicar posts em blogues enviados para Londres pelos CTT-TLP.«O tradicional alheamento do poder político em relação às realizações nacionais e a importação de produtos similares, embora dotados com teclados anglo-saxónicos e manuais em inglês, transformou o ENER 1000 num fracasso comercial total.»
