Na sua "homília" de hoje, MRS defendeu que a energia e a água devem ser consideradas questões de regime, validando assim as trapalhadas resultantes das intervenções de todos os governos na EDP e na GALP.
Porventura por falta de tempo, Marcelo não desenvolveu integralmente a lógica do seu raciocínio. Decerto considerará também como questões de regime a alimentação e o vestuário, dois sectores vitais para a vida de todos nós, carecendo urgentemente da definição de uma estratégia consistente (!!!) por parte do Estado.
Aquela deverá passar pela aquisição imediata de uma participação estatal qualificada nos grupos Sonae e Jerónimo Martins e nas principais empresas têxteis e de vestuário, antes que sejam engolidas por quaisquer "tubarões" europeus ou "chinocas". Algumas centenas de milhões de euros de investimento público serão suficientes para se efectuar a necessária coordenação de dois sectores que têm denotado uma excessiva e irritante pulverização.
Os preços dos bens irão decerto subir e notar-se-á alguma escassez, pois as clarividentes directrizes centrais apontarão para prioridade absoluta à produção nacional e restrição máxima às importações de produtos alimentares hispânicos ou de têxteis chineses.
Mas que importância tem isso face a valores supremos como são a defesa dos produtos e dos centros de decisão nacionais?