27.5.06

Farmacêuticos versus Arquitectos



Farmacêuticos
Arquitectos
Corporações: Ordem dos Farmacêuticos e Associação Nacional de Farmácias
Corporação: Ordem dos Arquitectos
Acabam de perder o monopólio da propriedade das farmácias. Mantêm o monopólio da venda de medicamentos.
Acabam a ganhar o monopólio dos projectos de arquitectura.
Os farmacêuticos não fazem medicamentos. Segurança dos medicamentos é garantida pelo Infarmed e pelas empresas farmacêuticas.
Os arquitectos não fazem projectos de engenharia. Segurança dos edifícios é garantida pelos engenheiros civis.
Medicamentos podem ser vendidos por não farmacêuticos. O farmacêutico nem sequer precisa de estar na farmácia.
Projectos de arquitectura podem ser feitos por não aquitectos desde que um arquitecto assine.
Limite máximo de 4 farmácias por proprietário.
Nenhum limite para a propriedade de gabinetes de arquitectura.
Venda correcta dos medicamentos não é verificada.
Projectos de arquitectura têm que ser aprovados pelos serviços municipais. A qualidade do projecto é avaliada pelas suas qualidades intrínsecas sendo (desejavelmente) irrelevante a formação do seu autor.
As pessoas podem morrer se forem vendidos os medicamentos errados.
Ninguém morre se for construido um edifício feio ou disfuncional.
Se morrer alguém por venda errada de medicamentos é pouco provável que a Ordem dos Farmacêuticos responsabilize o farmacêutico.
Se for construido um edifício feio ou disfuncional é quase certo que o arquitecto não será responsabilizado pela Ordem dos Arquitectos. O mais provável é que o autor seja considerado um génio da arquitectura.