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Quando se exalta com enorme grandiloquência o "contrato por paixão" e se lança subliminarmente a mensagem que uma "estrela cadente", nos 10 ou 15 minutos que fará em cada jogo, garantirá o retorno a glórias fúteis de um passado remoto, está-se perante o sebastianismo mais pacóvio.
Quando se abrem telejornais com a concretização da tão ansiada (re)assinatura e se dá tamanho destaque às emoções patéticas de algumas dezenas de tiffosis ululantes e lacrimejantes num estádio vazio, tal denota na perfeição a nossa pequenez e indigência intelectual.
No fundo, retrata a impotência de um país minúsculo e decadente, em eterno reviver de um passado supostamente grandioso e que interpreta à letra os feitos de outrora, tão bem metaforizados por Camões.