Natal

Na Palestina, andam aos tiros uns com os outros. De um lado estão fundamentalistas islâmicos radicais, do outro lado fundamentalistas islâmicos moderados. Matam-se uns aos outros, mas a culpa é nossa. No Iraque, fundamentalistas islâmicos radicais matam a torto e a direito fundamentalistas da seita ao lado, polícias, gente que passa na rua e de vez em quando acertam num americano. Reconheça-se-lhes um critério coerente: tentam matar todos por igual. A culpa também é nossa. Nos últimos anos passámos a achar normal que as bombas sejam usadas contra civis e quando um suicida se explode numa esplanada ou numa mesquita, há quem diga que cada um luta com as armas que tem. Parece normal. E a culpa é nossa.