23.12.06

Se fosse prioritária não seria deixada ao cuidado do estado

As necessidades prioritárias de cada um podem ser deduzidas das respectivas escolhas. As necessidades podem ser divididas em dois grandes grupos: aquelas coisas que as pessoas querem ter independência para fazer pelos seus próprios meios e aquelas coisas que as pessoas esperam que sejam feitas por outros com recursos públicos. As primeiras são aquelas que as pessoas consideram tão importantes que estão dispostas a gastar aquilo que é seu para as conseguir. As segundas são aquelas que não valem o dispêndio de recursos próprios. Ora, parece haver uma unanimidade entre os adeptos da cultura que a cultura deve pertencer à segunda categoria, isto é, à categoria das coisas que só valem a pena se forem feitas pelo estado com dinheiro público. Se a cultura fosse realmente prioritária os adeptos da cultura optariam por ser eles próprios a pagar a cultura que realmente querem em vez de ficarem à espera que o estado produza uma cultura que muitas vezes não lhes interessa.