14.8.07

Postiga e Eu

Na semana passada, numa banca em Istambul, Hélder Postiga aparecia na capa de 2 jornais. As legendas que acompanhavam as fotos do jogador, vestido de azulibranco, eram completamente ilegíveis. Na realidade, por lá, é tudo ilegível. Taksi, Hotel, Bira e Otopark e não se percebe mais nada. Admiro os miúdos turcos que com tenra idade já parecem dominar razoavelmente tão imperceptível linguarejar. Voltando ao Hélder, enviei um SMS a um bom amigo portista muito extremamente fanático a questioná-lo sobre o que se passava com o jovem Postiga. Não sabia de nada. Mais tarde, ao almoço, perguntei aos comensais se sabiam por que é que o tal Postiga tinha a foto estampada nos jornais. “Vem para o meu querido Galatasaray”, disse-me um, transbordando felicidade e antevendo tardes de glória. E abriu-me um jornal na página de desporto, onde Postiga aparecia a página inteira, do tamanho do Expresso, antes do encolhimento. “É um grande jogador, não é?”. Achei melhor ser honesto. O homem tinha um cargo qualquer lá no clube e ainda podia ia a tempo de cancelar a transacção.

Parece que resultou.