alguns dos principais protagonistas da direita liberal nos blogues portugueses contradiz a maximização de liberdade individual que o liberalismo deveria preconizar, seja ele de esquerda ou de direita. Quando falamos das causas culturais, como diz o Ricardo, isso é evidente. Já para não falar da religião e das relações entre Estado e Igreja.
Este comentário leva-me a 4 perguntas:
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1. Existem causas culturais liberais para além da defesa da neutralidade do Estado em relação a todas as causas culturais? Por outras palavras, a luta contra a chamada "homofobia" ou pelo aborto livre devem ser causas liberais exactamente porquê?
2. O Tiago Barbosa Ribeiro não faz nas suas análises uma distinção entre questões morais e questões políticas e entre valores que se aplicam à vida em sociedade e os que se aplicam às questões políticas porquê? Porque é que uma pessoa não pode ser ao mesmo tempo politicamente liberal e socialmente conservador? Porque é que a moral e a política têm que se misturar forçosamente?
3. O que é que impede um católico de defender as ideias da Igreja Católica para a sociedade ao mesmo tempo que enquanto liberal defende que o Estado deve ser neutro? Será que um liberal não pode ter religião nem pode promover iniciativas ligadas à religião mesmo quando essas iniciativas não envolvem o Estado? A propósito, não conheço nenhum blogger liberal que se tenha pronunciado contra a separação entre a Igreja e o Estado. No entanto, conheço vários bloggers que têm vindo a defender a intervenção do Estado em questões morais, o que na prática viola o espírito da separação.
4. Se um liberal afirmar que as posições chamadas intolerantes têm tanto direito a existir como as outras (sem interferência do Estado) isso constitui uma legitimação de posições intolerantes ou contitui uma reafirmação da liberdade de opinião e de expressão?