30.8.05

Força, Poeta! (II)

No meio de tanto tacticismo, tabus, excessos de partidarite, hipócritas abrangências centristas e alguns ?mortíferos moinhos de vento?, como um figurativo descer da avenida que se terá quixotescamente evitado, Manuel Alegre emerge como o potencial candidato solitário, livre de ligações e compromissos, daí transparente e genuíno.

É de outro século e por isso terá a linearidade dos clássicos, bem mais atractiva do que um remake confuso dos "providenciais". É um livro aberto que se (re)lê com gosto, pelo estilo e pelo conteúdo, mesmo que não se goste deste.

Avança, Poeta! Neste momento, resistir é dizer sim!