1.4.04

CONTRA A COUTADA (I)

O José, da Grande Loja, treplica às considerações negativas que aqui e aqui foram feitas acerca da entrevista do Juiz Rui Teixeira. Para além das pertinentes questões colocadas, a esse propósito, pelo PMF.

Para isso, elaborou uma peça certinha, ritmada e com a ironia q.b. que estes momentos exigem. Com uma ingenuidade assinalável, disserta longamente acerca das vicissitudes históricas do CEJ não reparando, certamente, que, ao tomar essa iniciativa, estava a iniciar a abertura da autêntica "caixa de Pandora" a que eu próprio já tinha aludido quando falei no "mais bem guardado segredo" do direito português.

A intenção essencial que se consegue descortinar no seu arrazoado prende-se com uma eventual generation gap nos protagonistas da magistratura portuguesa das últimas décadas. Sobre a qual, aliás, resistem duas dúvidas - primeiro, se esta existe de facto; segundo, caso a primeira resposta seja afirmativa, se a geração que agora está na magistratura supera em qualidade a anterior.

Apesar de tudo, José demonstra conhecer bem os meandros contemporâneos da coutada que zelosamente defende. Porque é justamente isso que José tenta fazer: uma defesa de território.

Fá-lo exaustivamente. Tanto que, por agora, não me é possível responder de forma cabal. Uma conferência no sábado e um final de semana profissional atribulado obrigam ao adiamento da discussão, pela minha parte.

Mas, assim que possível, prometo responder rapidamente e em força.