(...) a COMPTA, a empresa que, entre 14 concorrentes, venceu o concurso público para criar o programa, tem sido quase tão visada nas acusações como o próprio ministério. Os 600 mil euros que o Governo gastou no sistema serviram para pagar a maior trapalhada dos últimos 26 anos: devido a erros absurdos (como o caso de professores que surgiram nas listas com mais anos de serviço do que de vida), quase 10 mil candidatos foram afastados "informaticamente", incluindo todos os das regiões autónomas, e mais de 20 mil viram-se parcialmente excluídos. Ainda em Maio, poucos dias depois da divulgação das listas provisórias, é anunciado que a Inspecção-Geral das Finanças iria fazer uma auditoria ao sucedido (até hoje, não se conhecem as conclusões). Em Junho, são publicadas novas listas, outra vez cobertas de erros. Finalmente, o ME desistiu de processar as candidaturas através do programa informático - um equipa de 20 pessoas passou a analisar 900 casos por dia, para remendar o processo... manualmente. Num ano normal, esta fase estaria terminada há três meses."
na Visão.